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E agora que o desenho está terminado, assistimos na terça-feira ao acto felino socialista de explicar ao Presidente os seus efectivos poderes.

Está tudo esclarecido. E todos conscientes da aventura iniciada. O Gato explicará o que é isso de ter sete vidas; o Lacrau decidirá a altura da ferradela fatal.

Ao teatro democrático a que assistimos, carregado de narrativas de ilusão mútua, vivem os portugueses amarrados à subida das taxas de juros – vão continuar a subir, pelo menos até ao natal e chegar ao patamar dos 3,755 – , e submetidos à novela da Corte alimentada pelas Televisões que precisam do conflito como água na boca, em tempo de seca.

Os jogos ideológicos entusiasmam os políticos profissionais – desde pequenino se torce o pepino – , e o povo que se revê no manguito opta pela desabafo sentido na intimidade e se pergunta se vale a pena entrar na dança mesmo quando já não sabe ou não quer dançar.

Situação estranha esta quando quando os actores da novela se espantam com o arrebanhar de muitos para a extrema da coisa, e percebem que, a qualquer momento, pode a narrativa oficial mudar, com implicações no enredo contratado.

Mas a Gato lambeu o Lacrau e fez bem. Não tem que ser dama de companhia quando a sua função é mandar. E como seria bom que assim tivesse sido sempre.

Mas não foi. A narrativa apontava para o cenário impossível. O sucesso da função foi assim apontado na esperança da companhia serena do Lacrau, no desenrolar dos capítulos da novela. E para quê mudar a tendência e os agentes, se a inóstipa (apesar de tudo) companhia sempre garantira o domíno da decisão, afastando dela os concorrentes que na dança queriam e querem entrar.

Mas o Lacrau não ferrou. Desde 2015, num aco de “reconciliação” nacional, entendeu que era bom para ele cavalgar a unidade em construção que, como previsto, foi paga na AutoEuropa com a promessa de amor do Gato, tanta era a felicidade partilhada, apesar dos amuos evidentes no outro lado do Laranja.

O Gato e o Lacrau conhecem-se há muito. E aprenderam a caminhar no mesmo passeio cada um com melodia própria celebrada no momento em que a Corte os chamou para os mais “altos desígnios da Nação”

Mas se a tarefa é nobre – continua a ser – nenhum alterou a sua natureza: um Gato é um gato e um Lacrau é um lacrau. EvidentEmente!

O veneno do lacrau

O lacrau é um animal inesperado e provoca muitas dúvidas dada a impulsiva decisão de actuar. Contudo é muito pouco tóxico para o homem. Embora existam muitas lendas a respeito desse animal, não há relatos comprovados de morte nem de envenenamentos graves em acidentes por ele causados.  Os sintomas são apenas: dor forte e inchaço (edema) no local da picada.

E o (nosso) Gato sabe disso e por isso decidiu entrar no episódio da “lambidela” na expectaiva da picada e no consequente inchaço eleitoral que prevê, mas com a dúvida (também aqui metódica) da data decisiva embora saiba da data conveniente.

O gato também sabe que o veneno do lacrau é maioritariamente usado como mecanismo de defesa e na predação de espécies de maior porte, uma vez que o seu uso acarreta um grande desgaste energético.

Isso mesmo, ambos entram agora na maratona da dança do veneno.

Por Arnaldo Meireles

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VER TAMBÉM

COMO ENTALAR ANTÓNIO COSTA:

https://regiaodonorte.com/arquivo/bullying-politico-na-corte-de-lisboa/

O EXCESSO NA POLÍTICA:

https://regiaodonorte.com/noticias/antonio-costa/ 

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Imagem principal: Henricartoon.pt


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