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Meus queridos, estou muito cansada! Este mês está a ser uma fona, sem descanso, tantos os eventos que não há folgo que aguente.

A minha prima diz-me que estou “tonta”, vejam lá o despautério, chamar-me uma coisa dessas eu que sou tão certinha, chego sempre à hora marcada e ainda por cima dou cabo de recado sempre que chamada ao serviço.

Não há mesmo gratidão nesta vida. Que porra! Mas adiante que é preciso ganhar a vida e não tenho nada que me queixar.

Ora vamos lá

Reparo que os jornalistas da nossa terra não têm tido sossego mas também vi – eu não ando aqui a dormir – que se alimentam muito bem.

Na semana passada, esses lambões, comeram ali no Tarasco um capão atrás da orelha pago pelo Vinha a mando do Vice; ontem, na Presa, apanhei o chefe laranja a liquidar a conta de umas febras também a jornalistas.

No Tarasco, estavam lá todos, debaixo das barbas do mestre, que fez um discurso do caraças, mas só os homens da news perceberam. E tiveram ocasião de serem esclarecidos pelo glorioso Vinha – sem que se lhe tivesse perguntado qualquer coisa – que a digníssima edilidade “trata todos os jornais por igual” no que é exemplo nacional. Ora aprendam! Ou estudem, sei lá?

Na Presa estavam apenas dois jornalistas, os mais teimosos da praça, mas o repasto correu bem pois falou-se da vida e do Natal e se aprofundaram os cuidados a ter nos cruzamentos (da vida) que se desenham no concelho.

De facto “cuidados e caldos de galinha, nunca fizeram mal a ninguém”.

Só sei que o almoço terminou com promessas de novos encontros. Ou seja, estes jornalistas, por um almoço dão tudo!

Por último, reparei na diferença de orçamento, é claro, o que prova que os jornalistas comem qualquer coisa desde que haja alguém a pagar! Uns vendidos, pois!

Outro almoço, chiça!

A “Gazeta” atribuiu os prémios do ano, mas aqui foi ela a pagar o jantar – afinal há no mercado das news quem não se venda mas ofereça qualquer coisa – aos jornalistas da nossa praça.

Este jantar foi muito fotografado até pela Autoridade que para ali despachou oficial a propósito e que, acredito, tenha feito, como habitual, bom trabalho.

Afinal, além de todos os órgãos de comunicação social do concelho estavam ali dois altos dignatários – a saber, o senhor vice e o senhor vereador da cultura.

Mas do trabalho fotográfico nem “cheta”. Então não é que o site do município e o fabuloso “pelourinho” de tanta informação dada aos munícipes não teve espaço para publicar nem uma foto! desta iniciativa?

Aqui a Mosca está cheia de dúvidas, mas vai tentar saber as razões deste “apagão democrático” que não sendo importante pode ser esclarecedor para outras danças que se avizinham e aqui darei novidades.

Beijinhos, meus queridos, vou descansar, estou farta de arrotar a capão.

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Eu vejo, eu cheiro, eu sou mosca. E por isso vou andando por aí e disso darei notícias se me permitirem.

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